O senador Walter Pinheiro (PT) teme que a renúncia ou a cassação
do senador Demóstenes Torres (DEM) encerre a trama de denúncias
envolvendo o empresário Carlos Cachoeira, suspeito de comandar um esquema ilegal de jogos no país.
“Não podemos reduzir esse caso exclusivamente ao Demóstenes. Perder o
mandato ele vai perder, isso eu não tenho a menor dúvida, mas não
podemos parar só na cassação sem apuração, sem ir atrás de todos os
crimes cometidos – a utilização da estrutura de Estado, o esquema
montado para auferir ganhos. [...] Nós vamos parar isso apenas na perda
de um mandato? Eu acho que é um desserviço para com a verdade”,
discursou em entrevista ao jornalista Samuel Celestino, no programa
Bahia Notícias no Ar, da Rede Tudo FM 102.5, nesta quarta-feira (4). O
petista explicou que o Conselho de Ética se reunirá na próxima
terça-feira (10) para escolher o novo presidente, já que o titular em
exercício, Jayme Campos (DEM-MT), preferiu se desvincular do colegiado
no julgamento da quebra de decoro do correligionário. O PMDB tem a
prerrogativa de indicar o sucessor, já que possui o maior número de
integrantes no colegiado, mas, segundo Pinheiro, o PT sugerirá o nome de
Wellington Dias. “Na terça o novo presidente será eleito, no mesmo dia
receberemos a representação contra Demóstenes e marcaremos as sessões
para ele apresentar a defesa. Consequentemente nós tocamos a parte que
nos cabe, que é julgar o decoro parlamentar”, explicou. Pinheiro
acredita que a apuração sobre a quebra de decoro de Demóstenes será o
primeiro passo para impedir que a história acabe na clássica pizza. “A
renúncia ao mandato não pode resolver o problema”, sentenciou o petista.
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