Wagner e o presidente do PCdoB, DanielAlmeida
Ao discursar hoje à tarde no encontro do diretório estadual do PT, o
governador Jaques Wagner afirmou reconhecer que na sucessão de 2012 as
questões locais predominarão, mas ressalvou que quem apoiar candidaturas
da base ou lançar candidatura própria terá que levar em conta a
importância da unidade interna do seu grupo e defender o legado de sua
gestão, especialmente no campo imaterial.
“Promovemos uma virada num modelo (de governo) que era excludente,
centralizador, autoritário”, disse Wagner, lembrando que as disputas
locais são legítimas, mas que os partidos da base precisarão manter a
unidade interna. “Reconheço a legitimidade de o PCdoB querer crescer,
mas espero que não perca a dimensão do todo”, declarou o governador, que
passou antes na conferência estadual do partido, na qual a
pré-candidatura da deputada federal comunista Alice Portugal à
Prefeitura de Salvador foi confirmada.
Segundo Wagner, os aliados não devem permitir que a disputa de 2012
seja “rebaixada” e precisam chegar na campanha defendendo o legado dos
governos estadual e federal. “É claro que tem convênio, tem obra (que os
governos estadual e federal celebram com os municípios), mas não se
pode esquecer que tudo isso (a hegemonia petista no governo federal e
estadual) está acontecendo por causa do trabalho e, entre outros
programas, do Bolsa Família”, disse o governador.
Wagner afirmou ainda que foi reeleito pelo que fez pela saúde e pela
educação, mas também pela forma como está conduzindo a política na
Bahia. Nesse ponto, afirmando que não citaria nomes, disse que “no meio
do caminho alguém achou que o povo estava com saudade do autoritarismo” e
ficou para trás. “Teve gente que confundiu tranquilidade com falta de
coragem”, declarou, no que seria uma referência ao ex-aliado Geddel
Vieira Lima, do PMDB.
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