Preocupados com a possibilidade de as eleições municipais deste
ano causarem sequelas graves, os comandos do PT e do PMDB devem tentar
estabelecer um pacto de não agressão entre os candidatos dos dois
partidos nos municípios. Há um temor real na cúpula dos partidos e no
núcleo político do Palácio do Planalto de que a disputa eleitoral de
outubro possa causar problemas para a governabilidade da presidenta
Dilma Rousseff no Congresso Nacional. Mas já é grande o clima de
desconfiança entre os dois aliados. Nos bastidores, o PMDB já avisou ao
Palácio do Planalto que, se o PT usar a máquina do governo nas eleições
municipais, haverá um ambiente muito negativo na base aliada. E essa
suspeita já é verbalizada por setores mais ostensivos do PMDB. “Será
muito difícil um entendimento. O PT não está trabalhando para fazer uma
parceria. O PT está trabalhando para derrotar os aliados e sair
fortalecido das eleições municipais para o projeto de 2014. Por isso,
será muito difícil um pacto de não agressão”, afirma o vice-líder do
governo no Congresso, deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB). Diante desse
clima de beligerância, os presidentes do PT, deputado estadual Rui
Falcão (SP), e do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), terão encontros em
março para diminuir o atrito entre as duas legendas. A tentativa é fazer
um acordo para possibilitar alianças estratégicas para o segundo turno.
(O Globo)
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