Deputados
petistas, embora reconheçam os excessos da PM baiana na greve da
corporação, apostam numa solução pacífica para finalizar o movimento que
entrou no sétimo dia nesta segunda-feira (6). O clima ficou ainda mais
tenso no domingo (5) com a ameaça de desocupação da Assembleia
Legislativa da Bahia, onde os grevistas estão acampados.
O
deputado baiano Amauri Teixeira (PT-BA) fez um apelo para que os
policiais militares grevistas negociem “sem ser à base da força”.
Segundo o parlamentar, o grupo que faz parte de uma associação da PM
está fazendo “terrorismo” para negociar direitos da categoria, atentando
contra a democracia.
“O
que está em jogo no Estado é a nossa democracia, que vem sendo mais uma
vez pressionada por armas. Não há diálogo perante uma arma. Nós lutamos
duramente contra a ditadura militar para garantir a liberdade e não
vamos aceitar que uma minoria insista em não dialogar”, afirmou,
referindo-se à Associação dos Policiais, Bombeiros e de Seus Familiares
do Estado da Bahia (Aspra).
Para
o deputado Nelson Pellegrino (PT-BA), apesar de a situação ser
preocupante, o governador Jaques Wagner (PT) tem adotado todas as
medidas para garantir a segurança da população e para construir o
caminho do diálogo. “Ele não quer o confronto e vai buscar à exaustão
negociar com os grevistas”, ressaltou Pellegrino.
Para
dimensionar o comprometimento do governo petista com a área da
segurança pública, o deputado Geraldo Simões (PT-BA) destacou os avanços
promovidos na área nos últimos anos. “Foram 9 mil novas contratações,
3.200 viaturas, aumento real de 30% para os policiais e compra de
equipamentos e armas”, enumerou o parlamentar.
Geraldo
Simões questiona a forma como o movimento está sendo conduzido. “Está
sendo muito ruim para a imagem da PM. Está na hora de concluir esse
processo e sinalizar para uma solução positiva”, ponderou.
Segundo
o deputado Valmir Assunção (PT-BA), a expectativa é de que, “mesmo com o
clima tenso instalado na cidade de Salvador, se estabeleça o marco de
negociação e que a greve acabe de forma pacífica, ordeira, com a Polícia
Militar do estado da Bahia cada vez mais fortalecida”. Nestes últimos
cinco anos do governo Jaques Wagner, explicou Valmir Assunção, “os
salários tiveram um ganho real de 35,5%, para sargento, e de 29,40%,
para soldado. Foram conquistas da Polícia Militar, da Polícia Civil, do
estado da Bahia e do povo da Bahia. O governo vem trabalhando no sentido
de valorizar a polícia, de fortalecê-la, de valorizá-la”.
O
deputado Emiliano José (PT-BA), que é jornalista e professor
universitário, recorre à historia recente para explicar o modus operandi
dos policiais militares que hoje fazem greve na Bahia. Ele buscou
subsídios na tese acadêmica do professor Georgeocohama, que mostrou o
espírito autoritário da Polícia, ao analisar a greve da PM de Salvador
em 1981.
Segundo
Emiliano, a questão posta para todos neste momento é o compromisso com a
continuidade da democratização da sociedade brasileira, é a definição
do papel dos militares na vida política nacional, incluindo as polícias
militares. “Aqui e agora, queremos um Estado democrático, com os
militares submetidos aos ditames da lei, incluindo-se aí a PM enquanto
ela existir, para que se garanta um estado de paz civil”.
Histórico
– A paralisação dos policiais militares da Bahia entrou no sétimo dia
de tensionamento, sem a possibilidade de diálogo por parte dos grevistas
que estão acampados no prédio da Assembleia Legislativa da Bahia
(Alba), em Salvador. O grupo está em alerta desde que o presidente da
Assembleia, deputado Marcelo Nilo (PSDB), solicitou apoio do Exército
para retirar os grevistas do local até a meia-noite de ontem. O prédio
chegou a ser cercado por 600 homens do Exército e teve as luzes
desligadas, mas a desocupação não ocorreu.
A
greve dos policiais militares da Bahia teve início na noite de 31 de
janeiro. Cerca de 10 mil PMs, de um contingente de 32 mil homens,
aderiram ao movimento. A paralisação provocou uma onda de violência em
Salvador e região metropolitana.
Para
reforçar a segurança, o Governo da Bahia solicitou o apoio do governo
federal. Cerca de três mil homens das Forças Armadas e da Força Nacional
de Segurança foram enviados a Salvador. As tropas ocupam bairros da
capital e monitoram portos e aeroportos.
Fonte: Portal do PT na Câmara
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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
Deputados baianos apostam na negociação para por fim à greve da PM
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