A
exposição que figuras políticas buscam no cortejo da Lavagem do Bonfim,
especialmente em ano de campanha eleitoral, bem como as promessas
feitas ao santo para conseguir êxito nas urnas é inócua, na opinião do
governador Jaques Wagner (PT). Após percorrer, sem grandes dificuldades,
o percurso de oito quilômetros entre a Conceição da Praia e a Colina
Sagrada – ele conta que já fez o trajeto “umas 30 vezes” –, Wagner disse
que não adianta pedir nada às entidades superiores, sem antes ter a
anuência do povo. “Não adianta vir pra cá porque é ano de eleição, para
querer pedir ajuda do Senhor do Bonfim, porque ele até se mete em
política, mas não se mete em eleição”, afirmou, em entrevista ao Bahia
Notícias nas escadarias da Igreja do Bonfim. Judeu, casado com uma
católica, o chefe do Executivo estadual explica o motivo de ser
figurinha certa no cortejo. “Apesar de ser judeu, e Fátima [Mendonça,
primeira-dama] ser católica, nós dois acreditamos que Deus é um só, e
por isso a gente sempre vem”, contou, após passar um momento reservado
dentro da catedral. Ele ainda conversou com o padre Edson Menezes, há
três anos à frente da paróquia, a quem agradeceu “por ter aberto as
portas da igreja para os fieis”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário